Gostaria de deixar registradas minha indignação e revolta com o transporte público belorizontino. Fico tentando entender o paradoxo entre a suposta proposta de melhoria do transporte e do transito em BH e as atitudes com relação a isso. Vivem dizendo que querem reduzir o número de automóveis nas ruas, mas, a cada dia que passa o transporte público está pior. Querem um exemplo? A linha 5507 que atende o bairro Jardim Guanabara e adjacentes, administrada pelo Consórcio Pampulha. Sempre tivemos uma linha que passava na área hospitalar da cidade. Mas hoje, o número de ônibus que atende aos hospitais tem sido radicalmente reduzido e, ônibus que vão apenas à Avenida Paraná com retorno pela Rua Tupis estão sendo implantados. O problema é que os ônibus que retornam na Avenida Paraná vêm bastante vazios e passam com maior freqüência que os outros que, quando vêm, já estão lotados. Já ouvi falar, não me lembro onde, que o destino dessa linha é ser extinta. Sendo assim, deveremos fazer uso do metrô para chegar até o centro de Belo Horizonte e outros bairros próximos. Mas o metrô não tem condições de suportar o número de passageiros. A exemplo dos ônibus, ficamos como sardinhas espremidas dentro daqueles vagões abafados com uma ventilação totalmente ineficiente. E o mais engraçado nisso tudo é que pagamos por isso. É ridículo ainda tentar entender outro paradoxo entre atitudes para conter a disseminação do maldito vírus H1N1 e as lindas teorias que temos visto na mídia diariamente. Como pode o governo querer evitar a propagação do vírus se o transporte público não tem condições de transportar o trabalhador com o mínimo de dignidade? Gostaria de chamar a atenção de nossos representantes nas câmaras dos deputados e vereadores. Até onde isso vai? Gostaria de convidar os senhores governador, prefeito, deputados, vereadores e responsáveis pelo transporte público urbano a pegar conosco uma carona nos ônibus e no metrô de BH. Convido-os a deixar por pelo menos uma semana o conforto de seus carros oficiais ou não, com motorista ou não, providos de ar condicionado, para passar momentos de extremo “calor humano” e “união” nos horários de pico em nosso transporte coletivo. Termino meu protesto com as palavras de Karl Marx: "O trabalhador é tanto mais pobre quanto mais riqueza produz, quanto mais cresce sua produção em potência e em volume. O trabalhador converte-se numa mercadoria tanto mais barata quanto mais mercadorias produz. A desvalorização do mundo humano cresce na razão direta da valorização do mundo das coisas. O trabalho não apenas produz mercadorias, produz também a si mesmo e ao operário como mercadoria, e justamente na proporção em que produz mercadorias em geral".
Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo. (Filipenses 3:7)
Seja muito bem vindo!
Quero por meio deste blog poder compartilhar um pouco daquilo que gosto e penso. Compartilhar um pouco de tudo aquilo que tenho vivido e aprendido com a vida e com minhas experiências com Deus. Quero externar o que para mim significa considerar perda, o que antes era lucro, por causa daquele que me salvou. Quero aqui falar de tudo um pouco, sem entretanto, esquecer o mais importante: Cristo.
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